O futuro da saúde corporativa chegou, e ele se chama VBHC. Connheça como essa abordagem pode transformar a saúde da sua empresa.
Os especialistas em saúde corporativa e gestão: Jean Makdissi, fundador e CEO da Vital Work, Dra. Marcia Makdisse, embaixadora do VBHC no Brasil e especialista em VBHC, Dr. Vinícius Guirado, neurocirurgião do Hospital das Clínicas da USP e Dra. Keli Betto, fisioterapeuta especializada em tratamento multidisciplinar da dor, compartilharam insights sobre o futuro da saúde corporativa e os desafios atuais do setor no webinar “VBHC – Uma revolução para a saúde corporativa no Brasil” realizado pela Vital Work.
Índice
ToggleDesafios Atuais na Saúde Corporativa
Jean Makdissi destacou o VBHC como uma abordagem transformadora para a saúde corporativa. Ademais, focada em entregar valor, reduzir custos e promover a saúde dos colaboradores. Ele identificou quatro desafios principais enfrentados atualmente:
Em primeiro lugar, a identificação do perfil de saúde da população; em segundo lugar, a qualidade do atendimento; em terceiro lugar, o engajamento dos colaboradores; e, finalmente, a sustentabilidade do programa. Entenda cada um desses desafios:
Identificação do Perfil de Saúde da População
Muitas empresas enfrentam dificuldades em identificar o perfil de saúde de seus colaboradores. Elas costumam mapear apenas a população crônica, não enxergando aqueles que estão em processo de adoecimento, mas ainda não são considerados crônicos. O VBHC oferece soluções para identificar também esses colaboradores em risco e integrá-los ao modelo de cuidado.
Qualidade do Atendimento
A falta de protocolos claros para o tratamento adequado dos colaboradores é um problema comum na saúde corporativa. O VBHC não só mapeia a população, mas também estratifica os riscos e garante que o tratamento seja personalizado e adequado a cada indivíduo.
Engajamento dos Colaboradores
Mesmo após a identificação de colaboradores em risco, muitas vezes, eles não se engajam no processo de cuidado. O VBHC apresenta estratégias eficazes para engajar os colaboradores e conscientizá-los sobre a importância de sua própria saúde.
Sustentabilidade do Programa
A falta de indicadores e dados que comprovem o aumento da produtividade e a redução de custos torna os programas de saúde corporativa menos sustentáveis a longo prazo. O VBHC propõe trazer serviços de saúde baseados em evidências e um modelo de remuneração que compartilha os riscos, assegurando que os programas sejam eficazes e sustentáveis.
VBHC: entenda o que é e qual a sua importância
A dra. Marcia Makdisse aprofundou a compreensão do VBHC, ressaltando sua ênfase na entrega de valor e abordando desafios como informação e dados, engajamento de stakeholders, modelo de pagamento e fragmentação do modelo de cuidado.
Entregar Valor para as Pessoas
O cerne do VBHC é entregar valor às pessoas. Quanto mais saudáveis as pessoas estiverem, menos recursos serão necessários. Isso significa que o VBHC se concentra em processos de cuidados de saúde integrados, em oposição ao sistema fragmentado que é comum atualmente. Existem quatro desafios que o VBHC é estruturado para vencer:
Informação e Dados:
Um dos principais desafios identificados é a necessidade de desenvolver um modelo direcionado por valor, baseado em informações e dados sólidos. Isso implica em compreender profundamente o estado atual da saúde e definir claramente os objetivos a serem alcançados. Essa abordagem ajuda a evitar desperdícios e direciona os recursos de forma mais eficaz.
Engajamento de Stakeholders:
Além dos profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, é fundamental envolver todos os stakeholders, incluindo executivos de operadoras de saúde, representantes da indústria e hospitais, bem como os próprios pacientes. É importante conscientizar os pacientes de que ter acesso a um plano de saúde não implica necessariamente em submeter-se a todos os tipos de exames. É necessário reverter a ideia de que mais exames significam mais saúde.
Modelo de Pagamento na Saúde Corporativa:
Atualmente, é comum que o sistema de saúde corporativa remunere os profissionais com base no volume de exames ou procedimentos realizados, em vez de priorizar os resultados efetivos alcançados. Nesse sentido, torna-se imperativo repensar profundamente esse modelo de pagamento, de modo a assegurar que esteja completamente alinhado com a busca incessante por resultados eficazes e aprimoramento contínuo da qualidade dos cuidados oferecidos aos pacientes.
Fragmentação do Modelo de Cuidado:
Um dos problemas mais destacados é a fragmentação do modelo de cuidado. Quando um paciente está internado para uma cirurgia, ele recebe suporte de diversos profissionais, como fisioterapeutas e nutricionistas. No entanto, quando o paciente retorna para casa, essa rede de apoio é muitas vezes perdida. É essencial desenvolver modelos de cuidado mais integrados, que acompanhem o paciente além do ambiente hospitalar, garantindo uma transição suave e contínua no processo de recuperação.
As estratégias para enfrentar esses desafios incluem várias abordagens fundamentais:
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- Educação e Engajamento: É fundamental desenvolver uma massa crítica de pessoas que compreendam profundamente o novo modelo de VBHC e que possam aplicá-lo de forma consistente. Isso requer um esforço significativo na educação dos profissionais de saúde e colaboradores para que possam adotar esse conceito e evitem se perder na rotina do sistema de saúde tradicional.
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- Centralização no Escritório de Valor: O Escritório de Valor desempenha um papel central nesse processo. Ele atua como um ponto focal onde diversos profissionais que trabalham em diferentes áreas da empresa se reúnem. Essa colaboração multidisciplinar é essencial para identificar soluções eficazes, abordando questões relacionadas à qualidade, custos e produtos de forma integrada.
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- Tecnologia e Análise de Dados: A tecnologia desempenha um papel crucial na transformação para o VBHC. Soluções digitais, como a análise de dados (Data Analytics), desempenham um papel fundamental na geração de informações valiosas sobre os pacientes. Esses dados fornecem insights críticos para as equipes de gestão de cuidados, permitindo uma abordagem mais precisa e eficiente.
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- Co-Design: Uma abordagem de co-design é essencial para criar soluções personalizadas que se adaptem à realidade específica de cada empresa. Isso envolve trabalhar em estreita colaboração com a empresa para compreender suas necessidades, identificar dores específicas e desenvolver estratégias que se alinhem perfeitamente com seus objetivos e recursos.
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- Construção de Confiança e Compartilhamento de Dados: Para que o VBHC seja verdadeiramente bem-sucedido, é de suma importância estabelecer confiança sólida entre todas as partes envolvidas, o que engloba não apenas profissionais de saúde, empresas e pacientes, mas também outros stakeholders relevantes. Essa confiança essencial é cuidadosamente construída com base em dados confiáveis e transparentes que demonstram não apenas resultados positivos, mas também a eficácia e a eficiência do programa. Dessa forma, o compartilhamento aberto e contínuo de dados desempenha um papel central e imprescindível na construção e na manutenção dessa confiança mútua e na promoção do sucesso duradouro do VBHC.
- Construção de Confiança e Compartilhamento de Dados: Para que o VBHC seja verdadeiramente bem-sucedido, é de suma importância estabelecer confiança sólida entre todas as partes envolvidas, o que engloba não apenas profissionais de saúde, empresas e pacientes, mas também outros stakeholders relevantes. Essa confiança essencial é cuidadosamente construída com base em dados confiáveis e transparentes que demonstram não apenas resultados positivos, mas também a eficácia e a eficiência do programa. Dessa forma, o compartilhamento aberto e contínuo de dados desempenha um papel central e imprescindível na construção e na manutenção dessa confiança mútua e na promoção do sucesso duradouro do VBHC.
VBHC para a dor crônica
O Dr. Vinícius Guirado e Dra. Keli Betto discutiram a aplicação do VBHC no tratamento da dor crônica, destacando a importância da fisioterapia e de uma abordagem personalizada. Eles também abordaram os benefícios do VBHC, como a avaliação detalhada do paciente, compreensão da dor crônica e transição para a manutenção da saúde a longo prazo.
Hoje, aproximadamente 20% da população global sofre com dor crônica, sendo as dores osteomusculares as mais comuns. Após três meses, a dor crônica transcende a dimensão morfológica e passa a ser considerada uma questão neurológica e psicossocial, tornando-se um desafio. Dentre as dores osteomusculares, a lombar é uma das mais prevalentes no mundo, causando considerável sofrimento e impacto na vida das pessoas. Uma boa notícia é que existe uma abordagem específica para enfrentar essa problemática. No entanto, lidar de forma eficaz com a dor lombar hoje em dia é praticamente impossível sem a adoção da metodologia do VBHC.
Atualmente, entre as inúmeras condições musculoesqueléticas, são frequentemente oferecidos cuidados que se mostram desnecessários e ineficazes. Isso resulta em excesso de cirurgias, exames e visitas ao pronto-socorro. O diferencial do VBHC inclui sua abordagem centrada no paciente, identificação de riscos ergonômicos, avaliação em três momentos-chave, tratamento personalizado, compartilhamento de economia e escalabilidade.
Qual é o diferencial do VBHC em comparação com o que o mercado oferece atualmente?
No programa, profissionais realizam uma avaliação detalhada em três momentos essenciais. Eles coletam uma grande quantidade de informações no início, incluindo a intensidade da dor e possíveis fatores psicossociais que possam estar influenciando o quadro. Em cada consulta subsequente, eles mapeiam o quadro clínico do paciente, acompanhando quantas consultas foram necessárias para estabilizar a dor. Isso permite que eles adaptem o tratamento de acordo com a evolução do paciente.
É fundamental que o paciente compreenda o que é a dor crônica. Às vezes, a lesão inicial já foi resolvida, mas a dor persiste. Nesse contexto, o paciente também adquire um entendimento mais claro sobre o tratamento adequado para sua condição, bem como sobre suas limitações e capacidades.
O início do tratamento varia de acordo com a gravidade do quadro do paciente. Em casos mais graves ou moderados, os profissionais adotam uma abordagem inicial mais intensiva, enquanto em situações menos graves, o tratamento pode ser mais suave. Durante o programa, eles fornecem informações semanais sobre a saúde do paciente e sua dor, complementando o que é aprendido durante as sessões de fisioterapia.
O programa abrange os dependentes e familiares, o que, por sua vez, contribui para a redução dos custos relacionados à sinistralidade e fatores acidentários. Isso representa um enfoque abrangente para promover o bem-estar geral.
A abordagem do VBHC envolve o uso de um dashboard que monitora processos e desfechos clínicos.
Os profissionais realizam essa avaliação através da adesão e satisfação dos colaboradores, assegurando que o cuidado seja eficaz e atenda às necessidades dos pacientes.
Diferencial: O conceito de risco compartilhado na remuneração
Um dos aspectos mais revolucionários do VBHC na saúde corporativa foi introduzido por Jean: o conceito de risco compartilhado na remuneração.
O tradicional modelo de contratação de horas, conhecido como “fee for service”, é aprimorado pelo VBHC com a proposta de um novo formato. Esse novo modelo, que pode ser híbrido, baseado em horas, incorpora um cuidado completo. Inclui pacotes de 90 dias que abrangem fisioterapia, navegação de cuidado e coordenação do tratamento. Além disso, oferece um pacote de manutenção de 12 meses com cobertura de complicações. No caso de reincidência do quadro do paciente, não há custos adicionais e há a possibilidade de estender o tratamento. Essa abordagem compartilha o risco entre a Vital Work e a empresa, estabelecendo um alinhamento de metas e resultados.
Outro modelo proposto pelo VBHC é o compartilhamento de economia. A Vital Work realizará uma avaliação minuciosa dos gastos da empresa associados às dores lombares, como infiltrações ou cirurgias. Na fase final, eles desenvolvem um dashboard personalizado e avaliam qual modelo de remuneração melhor se adapta às necessidades específicas da empresa.
Além do modelo “in company”, o VBHC, pode ser expandido para a rede assistencial, auxiliando o redesenho e aprimoramento da rede de cuidados. Isso inclui treinamento, acompanhamento e soluções além do tratamento da dor lombar.
Moldando o Futuro da Saúde Corporativa
O webinar delineou um futuro promissor para a saúde corporativa, impulsionado pela inovação e pela aplicação do VBHC. Essa abordagem inovadora não apenas promete melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, mas também, igualmente importante, reduzir os custos substanciais para as empresas. O VBHC está definindo o padrão para o futuro da saúde corporativa, moldando um cenário mais eficiente, eficaz e personalizado.
Quer saber mais sobre o tema?
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