Como montar um cronograma de ações de Setembro Amarelo na sua empresa

O Setembro Amarelo já é uma campanha consolidada no Brasil, mas a cada ano surge uma pergunta: como trazer algo novo, relevante e que realmente impacte os colaboradores? Mais do que laços amarelos ou frases de efeito, a saúde mental pede continuidade, escuta ativa e estratégias práticas. É por isso que empresas que planejam um cronograma estruturado de ações conseguem transformar setembro em um marco de cuidado que reverbera durante todo o ano.

A seguir, mostramos como criar um cronograma eficiente e inovador para o Setembro Amarelo, pensado especialmente para o RH e líderes que desejam fortalecer a cultura de bem-estar.

 

01) Comece definindo objetivos claros

Nenhuma campanha é eficaz sem um norte. O primeiro passo é definir o propósito do Setembro Amarelo dentro da sua empresa. Pergunte-se:

  • Queremos conscientizar os colaboradores sobre sinais de risco?
  • O foco será em quebrar tabus e estimular a conversa aberta?
  • Pretendemos divulgar os canais de apoio que a empresa já oferece?
  • Ou queremos medir a percepção e engajamento dos colaboradores em torno do tema?

 

Quando há clareza sobre os objetivos, o cronograma deixa de ser apenas uma sequência de eventos e passa a ser uma estratégia direcionada, que pode ser mensurada e aprimorada.

 

02) Estruture um calendário por semanas

Um cronograma bem distribuído dá ritmo às ações, evita excesso de informação em pouco tempo e aumenta o engajamento dos colaboradores. Veja uma sugestão prática:

  • Semana 1 – Lançamento da campanha
    Inicie com uma mensagem da liderança destacando a importância do tema. Traga a identidade visual da campanha para os espaços da empresa (digitais e físicos) e apresente o cronograma de atividades. Pequenos gestos simbólicos, como post-its de incentivo ou um mural colaborativo com mensagens de apoio, podem gerar grande impacto.
  • Semana 2 – Palestra ou roda de conversa
    Traga especialistas em saúde mental para conduzir uma conversa aberta sobre temas atuais: burnout, ansiedade, gestão das emoções e prevenção do suicídio. Estimule a participação com espaço para perguntas anônimas ou discussões em grupo.
  • Semana 3 – Ações práticas de autocuidado
    Esse é o momento de engajar ativamente os colaboradores. Promova oficinas de respiração, alongamento, mindfulness, dinâmicas de acolhimento ou até quizzes e conteúdos digitais que estimulem reflexões rápidas no dia a dia. 
  • Semana 4 – Encerramento e reflexão
    Compartilhe depoimentos inspiradores (podem ser de colaboradores voluntários ou vídeos produzidos), reforce os canais de apoio disponíveis e divulgue os resultados parciais da campanha. Encerre com a mensagem: “Setembro termina, mas o cuidado continua”.

 

03) Engaje líderes e gestores

Os líderes são a ponte entre estratégia e prática. Quando gestores se posicionam abertamente sobre saúde mental, participam das ações e demonstram vulnerabilidade de forma responsável, o tema ganha credibilidade e legitimidade. Uma boa prática é incluir os líderes em treinamentos específicos, capacitando-os para reconhecer sinais de sofrimento emocional e agir como agentes de acolhimento.

 

04) Use múltiplos canais de comunicação

Cada colaborador se conecta de um jeito. Por isso, diversifique os formatos e canais da campanha:

  • E-mails e newsletters com mensagens curtas e dicas semanais.
  • Vídeos rápidos com especialistas ou com a própria liderança reforçando a importância do cuidado.
  • Materiais digitais e físicos espalhados nos ambientes da empresa, trazendo lembretes visuais constantes.
  • Espaços de conversa digital, como grupos de WhatsApp corporativo ou a intranet, para interação rápida e engajamento.

 

Quanto mais variada a comunicação, maior a chance de o conteúdo ser absorvido e lembrado.

 

05) Reforce canais de apoio contínuo

O Setembro Amarelo não pode terminar em setembro. Uma empresa que leva saúde mental a sério deixa claro, durante a campanha, quais são os canais permanentes de suporte:

  • Programas de apoio psicológico oferecidos pela empresa (EAP, terapia online, linha de apoio).
  • Divulgação constante do CVV – 188, disponível 24h.
  • Recursos internos como RH, comitês de saúde ou grupos de afinidade.

 

Assim, o colaborador entende que a ajuda está sempre disponível, não apenas em um mês do ano.

 

06) Avalie resultados e mostre impacto

Ao final do mês, registre os dados: número de participantes, acessos aos conteúdos, feedbacks recebidos e engajamento nas atividades. Essa mensuração é essencial para:

  • Demonstrar à liderança o valor da campanha.
  • Identificar pontos de melhoria para os próximos anos.
  • Reforçar a mensagem de que saúde mental também pode (e deve) ser avaliada com métricas claras.

 

Conclusão

O Setembro Amarelo pode e deve ser muito mais do que uma campanha pontual. É a chance de mostrar aos colaboradores que a empresa se importa de verdade com o bem-estar de cada um. Com um cronograma bem estruturado, você transforma um mês de conscientização em um ponto de partida para uma cultura de cuidado contínuo.

Mais do que uma fita amarela no peito, é a oportunidade de oferecer escuta, apoio e ferramentas reais para salvar vidas e promover um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e humano.

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