Burnout nas empresas: O que a ciência diz e como prevenir

Mulher no escritório sorrindo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 12 bilhões de dias de trabalho sejam perdidos globalmente todos os anos para a depressão e a ansiedade. No Brasil, 30% dos colaboradores já são acometidos pelo burnout. Por esse motivo, é importante aprender mais a respeito do que a ciência diz sobre essa condição, e assim prevenir o esgotamento no ambiente corporativo.

Irritação elevada, falhas de memória, fadiga. Esses são apenas alguns sinais de burnout. Mas identificá-los no seu time pode ser desafiador. Por essa razão, conhecê-los é fundamental para identificar possíveis sintomas na sua equipe e oferecer apoio antes que se tornem problemas.

 

Consequências do Burnout segundo a ciência

O burnout provoca diversos efeitos físicos no corpo, muitos deles graves. De acordo com um artigo do The World Journal of Biological Psychiatry, ele afeta diretamente os níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Por fim, estudos também indicam alterações na função imunológica e nos sistemas endócrinos.

Além disso, entre demais consequências, é possível ressaltar alterações estruturais e funcionais no cérebro, bem como neurotoxicidade (danos causados por excesso de estímulos nos neurônios), inflamação sistêmica, supressão da imunidade, síndrome metabólica e, por fim, doenças cardiovasculares.

 

A importância do apoio no ambiente de trabalho

O estresse faz parte da rotina de muitos colaboradores, especialmente em ambientes de alta demanda e ritmo acelerado. Porém, a forma como a empresa lida com esse estresse pode determinar o bem-estar — ou o esgotamento — da equipe:

 

  • Engajamento
    • Colaboradores apoiados sentem-se mais conectados à missão e aos valores da empresa;
    • Aumenta a disposição para colaborar, inovar e assumir responsabilidades;
    • Melhora a percepção de pertencimento e valorização dentro da equipe.

 

  • Motivação
    • Reconhecimento e acolhimento estimulam o esforço contínuo e o entusiasmo;
    • Reduz a sensação de sobrecarga, aumentando a energia para lidar com os desafios;
    • Melhora o humor e o senso de propósito no dia a dia profissional.

 

  • Produtividade
    • Colaboradores menos estressados e mais equilibrados produzem com mais qualidade e constância;
    • Menos tempo é perdido com absenteísmo e presenteísmo;
    • Times apoiados gerenciam melhor o tempo e os prazos.

 

O sentimento de segurança emocional fortalece o vínculo com a empresa, reduz a rotatividade e melhora o clima organizacional. Visto que o burnout e a desmotivação são cada vez mais comuns, investir em apoio genuíno no ambiente de trabalho torna-se uma estratégia essencial.

 

Você sabe identificar o Burnout na sua equipe?

Identificar o burnout é essencial para preservar a saúde das pessoas e a sustentabilidade do ambiente de trabalho. O burnout não surge de forma repentina — ele se desenvolve silenciosamente, a partir de cargas excessivas, pressão contínua e falta de apoio emocional.

 

Primeiros sinais:
  • Ansiedade elevada;
  • Irritabilidade;
  • Mais fadiga;
  • Esquecimento.

 

Sinais de alerta:
  • Pressão arterial elevada;
  • Mudanças de peso;
  • Aumento da transpiração;
  • Insônia.

 

Estado crítico:
  • Perda de esperança no futuro;
  • Angústia intensa;
  • Sentimento de vazio existencial;
  • Falta de propósito pessoal.

 

Quando não percebido ou ignorado, pode levar a afastamentos, queda de produtividade, conflitos interpessoais, desmotivação e até prejuízos à imagem da empresa.

Reconhecer os sinais precoces, portanto, permite que lideranças e áreas de RH atuem de forma preventiva, oferecendo suporte, ajustando demandas e promovendo uma cultura de cuidado. Além disso, mais do que evitar crises, identificar o burnout é um passo importante para, consequentemente, construir um ambiente saudável, engajado e mais humano.

 

Como evitar o esgotamento – para empresas e colaboradores

Segundo um estudo publicado na revista científica Nature, estratégias proativas de gestão do estresse — como o planejamento e a prevenção — são mais eficazes do que métodos reativos. Isso significa que capacitar as pessoas com habilidades proativas pode fortalecer a resiliência e o bem-estar geral.

Lidar com o burnout e o estresse exige uma resposta multifacetada, combinando intervenções sistêmicas e individuais. 

 

As organizações…

Devem considerar cargas de trabalho excessivas, falta de recursos e desalinhamento de valores como fatores que  aumentam o risco de adoecimento. Além disso, é muito importante que as lideranças aprendam como identificar o burnout. Adotar medidas como flexibilização da jornada de trabalho, apoio psicológico institucional e alinhamento entre valores pessoais e organizacionais se mostraram eficazes na redução do burnout.

 

Os colaboradores…

Podem buscar desenvolver resiliência emocional, otimismo, humor e autoeficácia, características que contribuem para a regulação do estresse. Programas de treinamento focados em competências cognitivas-comportamentais, como reformulação de pensamentos e gestão emocional, podem ampliar a capacidade das pessoas de enfrentar desafios com mais equilíbrio.

Por fim, integrar estratégias sistêmicas (como políticas organizacionais saudáveis) com ações pessoais (como o fortalecimento da resiliência) proporciona um caminho mais completo para o enfrentamento do estresse no ambiente de trabalho.

 

Como prevenir o burnout na prática

Falar sobre apoio é importante, mas construí-lo no dia a dia da organização é o que realmente transforma a experiência dos colaboradores. Uma cultura de apoio vai além de boas intenções — ela se manifesta em ações concretas, acessíveis e sustentáveis, que promovem bem-estar, confiança e pertencimento. Aqui estão pilares essenciais para colocar esse compromisso em prática:

 

01) Educação e recursos

Capacite líderes e equipes para reconhecer os sinais de estresse, ansiedade e esgotamento — esse é um passo essencial para entender como prevenir o burnout. Além disso, ofereça treinamentos sobre saúde mental, inteligência emocional e gestão do tempo. Disponibilize também materiais, guias e canais de informação confiáveis para que todos saibam onde buscar ajuda e como cuidar de si mesmos.

 

02) Segurança psicológica e liderança

Por isso, estimule as lideranças a criarem espaços seguros para escuta, diálogo e vulnerabilidade. Afinal, quando líderes demonstram empatia, reconhecem limites e promovem confiança, os times se sentem mais à vontade não apenas para pedir ajuda, mas também para expressar preocupações e participar de decisões com autonomia.

 

03) Ambiente de suporte

Crie estruturas de apoio reais, como programas de acolhimento psicológico, grupos de escuta, redes de apoio entre colegas e acompanhamento constante de saúde emocional. Essas ações são fundamentais para quem busca saber como prevenir o burnout. Garantir suporte não é apenas reagir a crises, é estar presente preventivamente.

 

04) Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Respeite limites. Estimule pausas, promova jornadas mais saudáveis, e desestimule a cultura da disponibilidade total. Colaboradores que conseguem viver com equilíbrio são mais saudáveis, engajados e produtivos — e isso beneficia toda a organização.

 

05) Iniciativas contra estresse

Implemente ações que ajudem a reduzir o estresse no ambiente corporativo: desde pausas ativas e espaços de descompressão até políticas de flexibilidade, acompanhamento da carga de trabalho e momentos de descontração em equipe. Em outras palavras, essas iniciativas não são luxo — pelo contrário, são ferramentas de cuidado coletivo.

 

06) Previna o burnout

Monitore sinais de esgotamento com atenção e responsabilidade. Avalie cargas de trabalho, promova feedbacks frequentes e desenvolva planos de ação para apoiar quem já apresenta sintomas. Dessa forma, é possível trabalhar a prevenção, uma opção mais eficaz (e humana) do que a resposta à crise.

 

Promover uma cultura de apoio e prevenir o burnout não é apenas uma questão de saúde — é uma escolha estratégica que impacta diretamente a sustentabilidade, a reputação e os resultados da empresa. Ao unir esforços institucionais e individuais, é possível criar ambientes mais humanos, produtivos e preparados para enfrentar os desafios do mundo do trabalho com equilíbrio e propósito.

 

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