A sinistralidade é uma das grandes preocupações das empresas, e por um bom motivo. Trata-se da proporção dos custos médicos (consultas, exames, internações etc.) em relação ao valor que a empresa paga mensalmente ao plano ou operadora.
Altos índices de sinistros pressionam os custos do plano e levam a reajustes mais acentuados, mas medidas equivocadas para reduzi-la podem gerar penalizações para colaboradores, diminuindo satisfação, saúde e engajamento. Aí está um desafio: reduzir a sinistralidade sem comprometer o bem-estar das pessoas.
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ToggleO que é sinistralidade e por que importa
Níveis saudáveis de sinistralidade dependem do tipo de plano, mas, de modo geral, para muitos planos de saúde empresariais uma faixa de até 60-70% é considerada sustentável. Acima disso, começam os riscos de reajustes, cortes ou limitação de rede.
A sinistralidade se calcula assim: Sinistralidade (%) = (total gasto com sinistros ÷ total pago em prêmios ou mensalidades do plano) × 100.
A sinistralidade é como um termômetro financeiro da empresa. Se a taxa de sinistralidade é alta (por exemplo, acima de 80%), isso indica que a seguradora está gastando a maior parte de sua receita com sinistros, o que pode comprometer sua capacidade de continuar operando a longo prazo.
Causas frequentes de sinistralidade alta
Diversos fatores podem contribuir para uma sinistralidade alta, impactando diretamente a sustentabilidade e a lucratividade do negócio:
- Doenças crônicas pouco gerenciadas (diabetes, hipertensão, colesterol, etc.).
- Uso indevido do plano de saúde em casos leves ou que poderiam ser resolvidos por telemedicina ou atenção básica.
- Alta utilização de atendimentos de urgência ou pronto-socorro para problemas que poderiam esperar ou serem resolvidos via atendimento ambulatorial.
- Procedimentos ou exames desnecessários ou duplicados.
- Falta de programas de prevenção ou de promoção de saúde.
Estratégias para redução sem penalizar colaboradores
Para que a sinistralidade seja controlada de forma justa, existem algumas estratégias fundamentais:
01) Educação e comunicação eficiente
Desenvolver campanhas internas que expliquem o uso correto do plano de saúde pode fazer grande diferença. É importante informar os colaboradores quando procurar urgência ou pronto-socorro, quando optar por consulta ambulatorial ou teleconsulta, e sobre a importância dos exames preventivos.
Dica: Utilize múltiplos canais (e-mail, intranet, palestras, lideranças) para reforçar essas mensagens. A Vital Work oferece soluções dinâmicas, interativas e informativas para ajudar você nessa missão. Entre em contato conosco e saiba mais.
02) Programas preventivos e de acompanhamento de doenças crônicas
Implantar check-ups, programas de gestão de doenças como diabetes, hipertensão, obesidade, sessões de educação em saúde, nutricionais e incentivo à atividade física é essencial. Isso reduz complicações e emergências, melhorando a qualidade de vida.
03) Telemedicina e triagem inicial
Oferecer alternativas virtuais para casos leves ou dúvidas iniciais. Isso permite resolver problemas de forma mais barata, reduzindo deslocamentos ou consultas presenciais desnecessárias, o que também diminui o risco de contaminações ou de custo elevado.
04) Uso de dados e analytics
Criar dashboards de sinistralidade e segmentar por tipo de sinistro, área da empresa e perfil de colaboradores é uma alternativa estratégica e cada vez mais importante. Assim, é possível monitorar tendências e identificar “drivers” específicos (ex: alta incidência de internações, procedimentos cirúrgicos, utilização de pronto-socorro).
05) Foco em Saúde Mental e bem-estar emocional
A saúde mental tem um impacto direto nos custos de saúde física. Problemas como estresse, ansiedade e depressão podem levar a doenças crônicas e ao uso excessivo do plano de saúde. Oferecer soluções de saúde emocional e recursos para o bem-estar dos colaboradores pode diminuir o uso de medicamentos, consultas e internações relacionadas a esses transtornos.
Dica: As recentes atualizações da NR 1 impulsionaram os cuidados com a saúde mental e emocional dos colaboradores, que agora passam a ser exigência legal.
Você sabia?
A Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada do sistema de saúde e um dos pilares para a redução da sinistralidade. O acompanhamento contínuo e preventivo melhora os resultados de saúde a longo prazo.
Papel do RH e das lideranças
Para que as estratégias de redução sejam efetivas e sustentáveis, é essencial que os setores de Recursos Humanos e as lideranças da empresa atuem como parceiros estratégicos.
RH: deve estruturar o diagnóstico, reunir dados, comunicar, desenhar programas de saúde, negociar com operadoras/prestadores, coordenar ações preventivas.
LIDERANÇAS: têm papel de exemplo e de apoio ao estimular uso adequado, apoiar colaboradores com condições crônicas, oferecer mais flexibilidade, incentivar pausas e reduzir estresse no trabalho.
TRANSPARÊNCIA, UM DEVER DE TODOS: envolver colaboradores em discussões sobre benefícios, explicar impactos da sinistralidade nos custos para a empresa e no valor percebido pelos empregados.
Reduzir a sinistralidade sem penalizar colaboradores é tanto possível quanto estratégico. Com diagnóstico bem feito, data-driven, ações preventivas, modelos de coparticipação justos e comunicação transparente, RH e lideranças podem equilibrar o controle de custos e o cuidado com as pessoas.
No longo prazo, isso contribui não só para a saúde financeira da organização, mas para o engajamento, retenção e bem-estar dos colaboradores. Se você é RH ou liderança, comece agora: mapeie sua sinistralidade atual, identifique os drivers específicos da sua empresa e desenhe um plano integrado com saúde preventiva, educação e uso racional do plano.
Quer saber como a Vital Work pode ajudar você nessa jornada? Entre em contato conosco, agende um horário com o nosso time e saiba mais.